quinta-feira, 5 de junho de 2008

Amigos na rede!


Entrou ontem no ar o blog que já entrou para a categoria do "eu indico".
Três jornalistas, amigas, loucas e boas de copo estreiam o "Crônicas de saias".
Vale a pena conferir.
Boa sorte meninas.


quarta-feira, 4 de junho de 2008

Canseira paranóia indiscrição

se o cansaço bate a sua casa
forte
e o enfado mora na memória
preso
se as grades envolvem tudo
louco
pouca coisa faz sentido
hoje
será que a sorte
vem?
será que deus
existe
e se ele for triste
fortuita
mente mente mesmo sendo
diferente

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Estamos velhos ...

É gente, não foi só a Fernanda que envelheceu.
Alguém lembra de um post que eu perguntava por onde andam pessoas que marcaram nossa infância e adolescência?
Pois é, uma das pessoas desaparecidas era o bebê cantor Jordi. Aquele que cantava (ou balbuciava) com 1 ano o hit "oe dede diu diu o dede".
Então, numa das conversas de bar soube que o moleque vai fazer 20 ANOS!
Isso mesmo, 20 aninhos ...
Quem trouxe a notícias foi Niobei, que soube por meio da MTV.

"O tempo passa, o tempo voa e a poupança Bamerindus continua numa boa ..."

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Meio quarto de século


Hoje tem festa do outro lado do Atlântico.
E pelo que soube, Portugal tremeu durante as comemorações.
Por aqui uma homenagem para Nanda, que completa 25 aninhos (espalhei que tá velha).
Saudades dos papos malucos, dos livros trocados, da batata inglesa, das noites de conversa olhando estrelas no teto, do cão roncando, dos porres, das ressacas e da companheira.
Parabéns!

Sobre a amizade:
- Mas não seria natural
- Natural é as pessoas se encontrarem e se perderem
- Natural é encontrar. Natural é perder.
- Linhas paralelas se econtram no infinito
- O infinito não acaba. O infinito é nunca
- Ou sempre.
CAIO FERNANDO DE ABREU

domingo, 27 de abril de 2008

Sem comentários


Acabei de chegar do espetáculo "Não sobre o amor".
É a melhor peça treatral que já vi.
Sem comentários!
Meus 2,3 leitores brasileiros deveriam assisitir.
Está em cartaz no CCBB, no Rio de Janeiro

"Um estrangeiro é aquele cujo amor está em outro lugar"

"É fácil ser cruel. Basta não amar".


"Ao escrever, não fale sobre o quanto, quanto, quanto, quanto me ama. No segundo quanto já estou pensando em outra coisa"

VICTOR SHKLOVSKY

Salve Jorge!

Depois de cinco anos sem fazer shows no Rio, ele voltou. Seu Jorge na Fundição Progresso. Lógico que não poderia perder.




Parece coincidência, terminei de ler a biografia do Tim Maia ontem e logo depois parti para o show que arrastou uma multidão (nunca vi a Fundição tão cheia). Cheia de pessoas diferentes, da patricinha ao bicho grilo, da zona note à zona sul, dava de tudo!
Como vale tudo, vale a comparação: assim como Tim Maia, Seu Jorge é eclético e sabe fazer um bailão! Não tem como ficar parado com as suas músicas. E aquela voz grave? putz! Não tem como não reconhecer.

A pista ainda estava vazia, quando ele subiu ao palco e apresentou o show de abertura. Foi só ele aparecer e "bombou". Aí entrou Gabriel Moura (também ex-farofa carioca. Não confudam. Ele parece com Seu Jorge, mas não é! rs). Uma ou outra música legal. Só esquentou mesmo a galera uma sobre a nega (maconha) e os velhos hits do Farofa. Aí sim, o baile ficou uma uva, como ele gritou. Pensei que Seu Jorge iria entrar fazer uma participação e continuar com o show, mas não! Um intervalo interminável começou e a pista enchendo. A galera só não vaiou porque o DJ era bom e soube conter os ânimos.

Aí logo depois aparece Jorge e sua "Carol", para o delírio da galera! O público também arrebentou e o carioca estava emocionado. Simpático, falando com a galera e sem reclamar dos inúmeros erros de som ele se distanciava de Tim. Mas o reencontrava quando pedia uma cerva ou cachaça e apareceu no palco fumando ... calma, um cigarro.

Cheio de participações especiais o show não poderia ser melhor! Começou com Teresa Cristina, que só não deu um show porque o som estava ruim. Sim, todos os microfones dos convidados estavam uma bosta. Coitado do Leandro Sapucahy, ninguém ouviu a voz dele. Só a cuíca. Mas ele não se deu por satisfeito e voltou ao palco várias vezes. Queria era aparecer e divulgar o show de lançamento do DVD.
-
Lógico, a parte que mais emocionou foi "São Gonça", com Nosso Jorge solando com só com as palmas da galera. Fudido! (desculpem o palavrão, mas o blog é meu e não devo nada pra ninguém... quer dizer, final do mês estou devendo ao banco e a cantina do trabalho, mas isso dou um jeito)

E terminou apoteótico, com a bateria (muito pequena) da Mangueira!
Final de noite, pernas cansadas, voz rouca. Com certeza um dos melhores shows que já vi! Quarenta reais muito bem gastos.

Extra! Extra!!

Eu sei, eu sei ... estou em dívida com o blog para variar. Mas é que o feriado foi frenético e estava recarregando a bateria.
Bem, nesse tempo, notícias bizarras invadiram o Brasil. Claro, não posso deixar de comentar aqui. Principlamente porque 3,2 dos meus leitores estão morando fora. Isso mesmo rapaziada. Esse blog é conhecido no mundo inteiro e no exterior (rs)
Então vamos lá!

PLANTÃO DO CABEÇA
1) Um padre, super cool resolver inovar e chegar mais perto de Deus. Pendura-se em mais de mil bolas de festa e vai dar um passeio. Detalhe, não era a primeira vez. Tudo bem, se não tivesse caindo um temporal. A repórter (por isso que adoro jornalistas) ainda perguntou: "Não é teimosia sua voar nessa chuva?" Até aeroportos fecharam naquele dia. Com a negativa ele subiu, subiu, subiu e sumiu! Até agora nada. A essa altura deve estar bem lá em cima, conversando com Deus. Na boa, eu sei que é tragédia, mas não pude conter algumas risadas. Ainda mais quando noticiaram que ele levou um GPS, mas não sabia usar. Tá legal ... o manual de instruções deve ter ficado em frangalhos com a chuva. Até minha tia, a mais fervorosa dos católicas achou um absurdo. Vai entender!

2) Terremoto no Brasil! Já não bastava a dengue? Eu juro dessa vez não fui eu!! É que quando aconteceu o Tsunami eu estava em Cabo Frio e mergulhei de cabeça. Quando chegamos em casa, vimos a notícia. Meus amigos acreditam que foi o impacto na orla brasileira que chegou lá do outro lado. Minha psicóloga disse que não preciso me sentir culpado. Foi mau ...





3) Sarah Shiva (sei lá se é assim que se escreve), mais conhecida como filha da Baby Consuelo, está sete anos em abstinência sexual. Isso mesmo ... foi manchetes de jornal!
Depois de declarar que era ninfomaníca, que já fez orgias e coisas e talz (tenho medo. rs), ela se converteu! Disse que sentiu Jesus entrando nela (é verdade, não tô inventando) e resolveu segui-lo. Está sete anos sem sexo e sem beijo na boca! Só vai beijar no altar, mas por enquanto ela está casada com jesus. Com todo respeito, que jesus é esse? Até minha tia, viúva há anos e como já disse fervorosa católica, quer conhecer.




4) Ainda no ramo sexual, continuamos no nosso informativo: Angêla Bismarchi vai fazer uma cirurgia de reconstituição do hímem. Tudo para agradar o novo marido! (imaginem como deveria estar a situação ... rs). Tudo bem, mas o pior da notícia ainda está por vir. O espetacular programa, Superpop, da nossa ídola Lucina Gimenez vai cobrir a operação. Parece que ao vivo! Essa eu vou ter que conferir.


5) Continuo sexual! Imaginem vocês, o Cumpadi Washington, do famoso grupo "É o tchan" vai estrelar um filme pornô! Pergunta que não quer calar: quem vai assistir? rs

E não pára por aí ...



6) E a última que não podia faltar: "Carla Perez brigou com Kelly Key"!!!
Quem poderá salvar a música popular brasileira?
Desculpa ... não tenho mais forças para continuar este post. Meu mundo caiu!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Fui ao inferno por R$3

Senhores,
não acreditava na existência do ser maligno, muito menos em que as almas queimavam no fogo do inferno. Mas, mudei de opinião depois conheci o lugar na última sexta e só não abracei o capeta porque ele não quis.

Como não poderia deixar de fazer, irei dividir minha experiência espiritual com vocês.




"O inferno é simples e fácil de se achar. Difícil é encontrar o céu, meu amigo. Lá estava ele, lógico no Rio de Janeiro, subindo a ladeira da Lapa, bem embaixo do último arco. Com placas para todo mundo ver e com preço bem acessível: R$3 homens e mulher de graça até meia-noite, depois R$1 (na minha teoria as mulheres são mais pecadoras, por isso merecem preço vip). Logo na entrada você é marcado, tomado como se fosse um deles. Após pagar, uma pessoa grande, feia e ameassadora pede seu pulso (que ainda pulsa) e carimba, algo que não dá nem para ler (devia estar escrito na língua dos nativos). Como disse, o local é simples e não conta com as verbas do céu, por isso após marcado como bois você é obrigado a entrar por uma cortina feita de uma canga rasgada. O som já era aterrozinte e ao entrar ... fiquei cego. Devia ser um sinal de Deus, pois meus óculos embaçaram e eu não via mais nada. Mas para um aventureiro isso não seria um empecilho. Tirei meus óculos e tive a primeira visão do local: tudo escuro, ao meu lado uma mulher (muito feia) se agachava, enquanto a outra (não dava pra ver o rosto) escondia suas mãos por entre a saia da amiga, cercada por um grupo de homens. Vi que teríamos fortes emoções. Logo percebi que além do carimbo no pulso, os moradores da terra do fogo tinham algo em comum, o uniforme. E não era Prada. Todos sem blusa (as poucas e feias mulheres quase sem também), com a calça jeans caindo e um boné. As mulheres, como em muitas religião, usavam saias, mas como castigo de satanás eram desprovidas de beleza. Quando fiz primeira comunhão, me disseram que o inferno tinha cheiro de enxofre. Descobri que não! O cheiro era mesmo de CC, misturado com cerveja e uma fumaça infernal. Lá todos fazem coreografias e outros se agarram pelos cantos escuros, o que seria bom se você não ficasse com medo de tentar conversar com alguma pessoa. Tentar, porque o som não deixa você escutar nem seus pensamentos. Um amigo que me acompanha, já bêbado, tentou abraçar o capeta, mas sem sucesso. Eu fiquei com medo de levar facada ou ser expulso para um lugar ainda pior. Rodamos segurando a carteira e olhando aquele local. Logo percebi que a promoção era para atrair mulheres, porque lotado de homens pecadores, algumas pobres tinham que entrar para tentar acalmar as almas. Procuramos um pouco de claridade, fomos para perto da canga e corremos para fora. Um alívio do calor. E logo fomos avisados: é só não tirar o carimbo que podem voltar. É ... o diabo é bem hospitaleiro."


Saímos em direção ao posto, onde um carro tocava música gospel (coisas da Lapa), mas não encontramos o céu naquela noite. Esse é mais difícil de achar.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Verdade ou mentira


Falando em chuchu ....

Uma vez me disseram que as cerejas dos bolos de padarias eram na verdade CHUCHU.
Como o legume é sem gosto, eles fazem uma bola, colocam açúcar e e corante vermelho.
Bem, não sei se é verdade, mas que as cerejas são sem gosto são. E que os chuchus também, isso ninguém discorda!

Então, 4,17 leitores, isso é uma lenda?

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Hum ... que chuchu

Família é mesmo uma coisa engraçada.


De repente abri os olhos e a gritaria tomava conta da minha casa e do meu quarto.
Putz!?! Domingão, friozinho de Friburgo, cobertas, cama, quarto escuro ... e meus pais gritando!
Não, não era uma briga conjugal, era o nascimento. Sim, o nascimento do chuchu.
Faz tempo, minha tia "jogou uma semente no meu quintal, de repente brotou um tremendo matagal". Era um pé de chuchu que se enroscava na escada lá de casa.
Cresceu, cresceu e deu o primeiro fruto e também o primeiro escândalo na manhã de domingo em que eu deveria estar dormindo.

Foi uma tal de acende a luz e: olha que bonitinho ... tá grande, né ... sem agrotóxico ... e tá fora de época. E eu lá, acordado apreciando o chuchu. Acabou a euforia e foram ver se achavam outros. Dormi, em paz.

Como de costume, acordei na hora do almoço. E qual era o prato? (vale um chuchu pra quem acertar) Sim ele e outro irmão ... cozidos. Na boa, nem gosto muito de chuchu, mas tive que provar. E o mais engraçado eram os comentários: "Nunca comi um chuchu tão gostoso","Nem tem gosto de agrotóxico", "Tá uma delícia", "Sente o sabor" ... entre outras pérolas.

Pensei que tava sonhando, porque na moral: CHUCHU NÃO TEM GOSTO. É tudo igual, e assim também era o chuchu lá de casa. Tinha que rir, não podia decepcioná-los e falar mal do chuchu de casa. Restou continuar comendo e ouvindo meus pais falando dos próximos passos: fazer um suflê de chuchu, camarão com chuchu, chuchu com carne seca ...

Haja chuchu!

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Meus novos dez mandamentos


Se Moisés fez os dele também posso fazer os meus.
Depois dos mandamentos tchomenos, esses seguirei à risca

1- Viva para descansar
2- Ame sua cama, ela é seu templo
3- Se vir alguém descansando, ajude
4- Descanse de dia para dormir a noite ou para sair a noite
5- O trabalho é sagrado, por isso, não toque nele
6- Nunca faça amanha, o que você pode fazer depois
7- Trabalhe menos possível, o que tiver para ser feito deixe que outra pessoa o faça
8- Calma ... nunca ninguém morreu por descansar
9- Quando sentir desejo de trabalhar, sente-se e espere porque ele passe
10- Não se esqueça trabalho é saúde, então deixe para os doentes.

Quem diria

Caraca ...
Para não comer estou gastando mais dinheiro do que comento. Impressionante!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Diário de um quase morto

Não, isso aqui não vai virar o diário de um gordinho. Não vou ficar narrando aqui minhas peripécias na academia, nem a crises de abstinência da dieta. Mas tenho que contar o que aconteceu hoje.


Fui todo animado para fazer minha avaliação funcional e pegar minha série. Cheguei lá e começa, mede daqui, pesa daqui, aperta aqui até que na tela do computador o professor foi me explicar:

"Sua situação é crítica. Você está fora do peso, sendetário e ainda bebe. Tem histórico de diabetes na família e lesões em partes importantes do corpo. Seu percentual de gordura está elevadíssimo. Pior, o percentual de gordura da cintura está no nível que pode te levar a ter problemas cardíacos, como o infarto. Sua massa muscular é pouca e você apresenta muitos problemas de postura. Sua coluna está em S. Tem escoliose lombar, ombros arqueados, cabeça projetada a frente."

Depois desse discurso que me fez sentir a pior merda do mundo esperava um apoio ou incentivo, mas só veio "Você tem que reverter esse quadro. Nos vemos daqui a dois meses" e ponto final!
Me senti naquela música do Titãs "o pulso ainda pulsa" rs. Pro azar dele eu ainda tô vivo.

Saí de lá quase chorando (rs), pensando que estava estragado e que iria morrer dentro em breve.
Pedi um lanche na cantina e voltei a trabalhar. Amanhã tenho nutricionista. Só Deus sabe o que será.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Dia da mentira

Apesar de ser 1º de abril, não é mentira ...
hoje comecei na academia, fiz 30 minutos de esteira! rs
*João Cabral de Mello Neto
O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato.
O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço.
O amor comeu meus cartões de visita.
O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.
-
O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas.
O amor comeu metros e metros de gravatas.
O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus.
-
O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.
O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas.
Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X.
Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.
-
O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia.
Comeu em meus livros de prosa as citações em verso.
Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.
-
Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete.
Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.
-
O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas.
Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.
-
O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. .
Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.
O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas.
Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam.
-
Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta.
Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.
O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão.
-
Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte

Cálculo

Segunda-feira: primeiro dia de academia. Avaliação funcional.
Cheguei atrasado, o professor foi embora.

Terça-feira: segundo dia de academia.
Atraso de 10 minutos. Nada de avaliação

Resultado: 2 dias de malhação, 2 dias perdidos

segunda-feira, 31 de março de 2008

Dever de casa



Quando a professora perguntou qual era seu sonho, permaneceu calado. Foi golpe baixo ou de mestre. A tia era uma daquelas que não cuspia só o pó de giz, mas trazia para a lousa o pó da estrada. Estrada que o pobre sem resposta nunca percorreu e nem percorrerá, senão em pensamentos. O que não podia ser chamado de sonho, porque não podia ir em alta velocidade e nem longe. Estava amarrado. Mas o quê o prendia? Nem ele o sabia. Não era nó de cadarço, esse já sabia fazer de cor e salteado. Muito menos de marinheiro, o pai era pescador. Juntou livros e lápis, dúvidas e respostas e saiu sem mesmo comer a merenda. Tinha que estudar e fazer lição de casa. Era aplicado.

"Perder-se também é caminho"

Clarice Lispector

sábado, 29 de março de 2008

Lembranças de um carnaval

Já passou faz algum tempo, mas outro dia sonhei com isso e tinha que colocar no blog.


Estava bêbado e todo molhado. Havia caminhado quilômetros sob forte chuva. Meu amigo não agüentava comer, só conseguia beber. Para não passar mal inventou uma nova técnica: roubar batatas fritas do restaurante, chupar o sal e arremessá-las nas pessoas da rua. Caminhei pela Cinelândia mijada, pela Lapa ressaqueada, peguei um ônibus e cheguei. Em casa? Lógico que não, ao próximo bloco, no Jardim Botânico. Tratei logo de regar as plantinhas do local. De longe, ao me aliviar, contemplava os meus amigos, loucos e fantasiados. Caminhavámos em caravana e encontrávamos outros bêbados pela rua. Aquele clima de carnaval, alegria, cansaço, fígados a todos vapor e fumaça pelo ar. A maioria das pessoas andavam fantasiadas. Colombinas, nadadores, fadas, supensórios legais ou o roupão da tia coloriam a rua. Mas no meio da multidão uma figura se destacou. Não pelo tamanho. Não pela cor. Não pela irreverência, mas pelo o inusitado. Era uma anã. Na verdade, era uma anã japonesa! Juro, não é preconceito, nem é rir da desgraça dos outros (porque nem acho que isso seja desgraça), mas foi engraçado. Levante a mão aí quem já viu uma anã japonesa. Quem? Eu já! E não era delírio de bêbados, nem fantasia de carnaval ... era uma anã japonesa, ou chinesa ou coreana. Imaginem como ficamos lisonjeados com esta visão e logo surgiu o nome daquela visão: BONSAI!

Não, não é maldade, mas carinho.
Tem coisas que só vemos no carnaval

sexta-feira, 28 de março de 2008

Aguardem

Esse final de semana vai ter ...

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Andar com Fé

"Não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"

Fernando Pessoa

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Fuso Horário


Ando tendo problemas com os relógios.
É verdade. O horário de verão acabou, mas o calor continua insuportável e o sono incontrolável.

A perseguição começou na segunda. Tinha que ser na segunda que é o dia mais bunda da semana.
Estava eu, dormindo em Niterói, na bat-caverna da minha parceira Fernanda, quando o despetador do celular toca. Hora de trabalhar ... vamos lá.
Tomo banho, me arrumo, acordo a Fernanda e brinco com o cachorro (Shuan adora brincar quando acorda, péssimo hábito). Quando percebo, estou atrasado. Parto como um raio, nem ligo para a Giga, a Dog alemã solta no jardim (que pelo nome vocês já imaginam o tamanho). Entro no primeiro ônibus, cochilo e chego ao centro do Rio. Mas há alguma coisa estranha no ar ... nem ligo, as segundas são esquisitas ou ressaqueadas mesmo.
Ao chegar no trabalho percebo o que estava fora de compasso: o meu celular. O bendito não atualizou o horário e cheguei uma hora antes. Fazer o quê? Trabalhar ...
E olha que esse era o celular moderno, com câmera. Se fosse o antigo caveirão iam me zuar. Mas o cacareco mudou a hora sozinho.

A perseguição continuou no dia seguinte.
Acordei e olhei para o enorme relógio redondo do meu quarto. Nove horas. Mas nove do horário antigo ou do horário novo. Do antigo claro! Eu não ajustei o relógio.
Ledo engano! Minha tia o ajustou. Cheguei atrasado no trabalho.

Na terça pensei que tudo ia ser diferente, mas os ponteiros iam me pregar outra peça.
Acordei. 8h15. Putz, cedo. Dormi. Acordei. 8h20. Putz, não dormi nada. Dormi. Acordei. 8h20. Não é possível. Pior que era ...
A pilha acabou. Já eram 10h. Outro atraso.
Já me bastavam os relógios, agora as baterias iam entrar no complô.

Na quarta passei ileso, mas a quinta ainda estava por vir.
Hoje o relógio do trabalho parou de funcionar. Tem coisa pior do que as horas não passarem no trabalho? Nunca chegava a hora do almoço ... a hora de sair então, nem se fala. Um verdadeiro pesadelo, mas rapidamente consertado. Afinal, ninguém é bobo e o mundo é dos proletariados. rs

Bem, agora vou esperar por amanhã.

Manchetes

Da série "ninguém precisava ver" ...

Ontem ao pegar o metrô para vir para o trabalho me deparado com a seguinte manchete de jornal:

"FIDEL CHAMA O RAÚL"

Extra, extra ... anda piadista até demais



quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Procura-se!

No domingo, após duas horas de desfile do bloco “Imprensa que eu Gamo”, em Laranjeiras, a porta-bandeira precisou ir ao banheiro e pediu que alguns rapazes que estavam no Mercadinho São José tomassem conta da bandeira, no que foi prontamente atendida. Um minuto foi suficiente para que a turma se “apropriasse indevidamente” do objeto, com mastro e tudo, e sumisse. Por volta das 22h, os quatro foram vistos num Kadett placa KMV-8735 com a bandeira pendurada do lado de fora do carro, na lateral do sambódromo, saída do túnel Santa Bárbara. Um amigo do bloco emparelhou seu carro com o Kadett e pediu que devolvessem, mas recebeu de volta um sinal nada gentil das mãos do motorista e uma acelerada em direção a São Cristóvão.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Bicampeão!!!!!!!!!!


Segunda-feira foi dia de disputa e dia de tomar um porre de felicidade com a vitória.

Não sei se todos os 5,4 leitores que tenho já sabem, mas eu e meus colegas de profissão escrevemos um samba para o bloco "Imprensa que eu gamo", formado por jornalistas aqui do Rio. Ao todo foram 10 concorrentes e o melhor da noite foi a nossa música. Pelo segundo ano consecutivo (ano passado não participei porque estava doente).

Desfilamos no domingo, dia de São Sebastião, lá em Laranjeiras, às 15h. Quem quiser pode aparecer, mas estarei em cima do trio, arrastando a multidão e provavelmente alcoolizado. rs

Taí a letra campeã, que está dando o que falar.


NA TROPA DO IMPRENSA, NINGUÉM PEDE PARA SAIR

Me acode São Sebastião
Que este bofe anda muito truculento
Hoje eu faço procissão
É Zé Pereira no lugar do Nascimento

Esse negócio de apertar o "zero um"
Virou um vício, deu manchete de jornal
Mas hoje a minha tropa é de bebum
E o Imprensa anuncia o carnaval

Refrão (2 x)
Minha cidade ainda é maravilhosa
Tá cheio de avião
Relaxa e goza

Meu capitão é um “vaiado”
E o Chavinho não quer mais ficar calado
Ô, seu Renan, pára de papo
171 a gente manda para o saco

Sacudiram minha Mangueira
E o leitinho já saiu adulterado
Mas na playboy apareceu uma leiteira
E me disseram que ela veio do senado

Refrão (2x)
Imprensa que eu gamo, a caveira é uma flor
Aspira meu cangote... amor

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Meu Brasil, brasileiro

Continuando no Tim Maia ....

"O Brasil é o único país onde puta goza, cafetão tem ciúmes, traficante é viciado e pobre é de direta"

Tim Maia, meu amigo


Hoje o post é sobre o síndico, Tim Maia, que deve estar causando estresse lá no céu com suas loucuras.

Tudo começou quando Edu, meu pai da bôemia, me pediu para fazer uma matéria sobre o novo livro do Nelson Motta, o Vale Tudo.
Já não gostei muito da idéia.

Não sei se já comentei por aqui, mas não sou fã de best-sellers. E esse livro está entre os mais vendidos. No metrô não se lê outra coisa. Virou moda, o que me irrita.

Sei que parece preconceito. E é!
Só rompi essa barreira uma vez. Tive que fazer muito esforço e só comprei o livro porque tinham boas indicações e estava em promoção.

Resultado: quebrei minha cara.
"Quando Nietzsche chorou", que ainda continua na lista dos mais vendidos, é um livro muito legal.

Bem, fiz a matéria e logo descobri coisas fantásticas do Tim.
Uma delas não posso deixar de contar.

Quando o filho de Tim nasceu, o guru espiritual deu três opção de nomes: Robson, Telmo e Adelmo. O músico logo descartou Robson, mas ficou em dúvida entre os dois outros nomes. Qual a solução? Registrou o filho comom Adelmo, mas só chamava a criança de Telmo. Coisa de louco!
Tudo bem, até que a professora do colégio chamou os pais na escola e pediu um teste de audição. Desconfiava que o garoto era surdo porque chamava pelo nome e ele não atendia.

Assim era Tim Maia, louco e gênio. Suas músicas samba-soul fazem sucesso até hoje e sua biografia segue o mesmo caminho.
No final do dia resolvi dar minha cara à tapa novamente. Comprei o livro, porque, afinal vale tudo. Vale até ler um best-seller.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Segundo do ano

Como esta budega etava de recesso, não cheguei a falar sobre a dificuldade de comprar um presente.

Não sei quanto à vocês, mas eu gosto de dar presentes com significados e por isso os escolho muito bem. Depois de uma difícil decisão, escolhi o que seria: o DVD do Paulinho da Viola!
Para minha desgraça, começava aí a saga.

Primeiro fui na Americanas do Centro do Rio, onde um cartaz gigante anunciava o lançamento, mas o rapaz do balcão também anunciava que o produto estava esgotado.
Logo após, fui a querida Saraiva, mas por lá também rasparam o tacho e nenhum exemplar.
Bem, logo pensei: "vou para uma velha e boa loja de CD's. Se é que ainda existem", mas lá não havia nem um sinal do DVD. Recorri às Americanas da Tijuca, mas já sentia que não teria êxito.

Pois é, desisti!
Cheguei em casa puto e cansado. Resolvi relaxar vendo Tv, quando me deparo com o seguinte comercial: "Você não precisa de tudo para seguir sua estrela. Basta ter o melhor. Já nas lojas o CD com os maiores sucessos de Kelly Key"

Primeiro: risos!
Como assim o melhor de Kelly Key? Ela tem alguma coisa que preste? (tirando o corpão)
Segundo o comercial, não só uma, mas várias faixas boas.

Logo depois, preocupação!
Preciso confessar. Sabia umas 3 músicas que passaram. Não sei como. Eu juro que não gosto, mas acho que grudam na cabeça.

Um pouco mais tarde: indignação!
Como a mídia é forte. Faz de uma merda, como a ex do Latino, uma super estrela. E ainda colocam as músicas bestas nas nossas cabeças.

No outro dia, perdi as esperanças!
Fui procurar mais uma vez o DVD do Paulinho, mas na prateleiras só Padre Marcello Rossi e adivinhem ....

KELLY KEY e suas melhores.

Estamos perdidos. Coitado do Papai Noel!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Primeiro do ano


Salve, salve queridos e assíduos leitores.
Quer dizer, assíduos não, porque não dá pra exigir assiduidade a um blog que está há tempos ser ser atualizado. rs
Culpa minha, eu sei.
Desculpem, mas me dei férias merecidas desde o meu aniversário.

E como todo mundo faz, começo o ano com a promessa de que em 2008 irei atualizar mais freqüentemente. Também prometo que vou começar a fazer exercícios, beber menos (isso depois do carnaval), economizar e me comportar. Quem sabe no final do ano papai noel traga o presente que não veio em 2007.
É meus nobres ... não sei quanto a vocês, mas para mim o ano que passou foi brabeira. Mas passou.
Essa semana estava reparando uma coisa na Tv, no jornal e nas conversas de botequins. Que mania chata temos de falar que tudo é o primeiro do ano. Porra, num agüento mais a primeira chuva do ano, o primeiro bebê do ano, o primeiro assassinato do ano, a primeira pegação do ano. Sempre a mesma coisa.

Pior ainda é aquela velha piadinha: desde o ano passado que não te vejo. Desde o ano passado que não fiz isso ou aqui. Sem graça...

Mas tudo bem, a gente vence isso. O que importa é que este é o primeiro post do ano. Cara, e agora que me toquei que não posto desde o ano passado. rs

Divirtam-se e positive vibrations para 2008.
Eu tô com esperança. E vc?