domingo, 16 de setembro de 2007

Cultura não sobe a serra?


Quando era criança sempre me perguntava:
"Tostines é fresquinho porque vende mais? Ou vende mais porque é fresquinho?"
Não achei a solução até hoje.
Também não achei a solução pra cultura em Friburgo, minha terrinha.

Pode parecer loucura, mas como bom friburguense fora de sua cidade sempre acesso o A voz da Serra online para saber das últimas e quentes novidades.
Sempre critiquei esse jornal (se é que pode ser chamado de jornal), mas é por meio dele que me mantenho informado (destino cruel).

Bem, voltando ao assunto ...
Fiquei sabendo de uma peça no Centro de Artes sobre Fernando Pessoa, poeta que está na lista dos meus favoritos. Sábado e domingo, baratinho. Resolvi ir lá conferir.

Minha primeira missão foi achar uma vítima para me acompanhar. Isso foi fácil depois de alguns telefonemas para minha prima. (Coitada, sempre a meto em furadas)
Mas não era furada, era um programa legal.

Chegamos lá!
Um pouco atrasados. Trantando-se de Teatro, pensei que nem íamos entrar.
Mas tratando-se de Friburgo tudo pode acontecer.
Entramos e para minha supresa, além de nós só mais quatro senhoras lá na primeira fileira. (Primeiro pensei que eram da família, mas depois vi que deviam ser de algum grupo da terceira idade)

Demorou algum tempo para a peça começar.
Estavam esperando o público chegar ... lamentável.
Logo comentei com minha prima:
"Depois o pessoal de Friburgo reclama que não tem nada de bom na cidade. Mas quando tem ninguém prestigia"
Talvez por isso o teatro estivesse tão mal cuidado. Paredes sujas, pipocas no chão, poltronas barulhentas, acústica péssima (entre um poema e outro pude escutar um carro de som passando na rua).

Acho que vendo que ninguém ia aparecer mesmo, resolveram começar.
E não é que chegou mais gente depois. Dois casais.
E não é também que abriram a porta no meio do espetáculo para eles entrarem.
(Avisei que se tratando de Friburgo vale tudo).
A peça foi legal. Não era uma obra-prima, mas para quem ia ficar em casa fazendo nada foi ótimo. Do texto (genial Pessoa) ninguém podia reclamar. A idéia era legal, retratar os três heterônimos do poeta, mas o ator era meia-boca. Concluindo: um espetáculo razoável que vale a atenção.

Aí me pergunto:
O teatro e as opções culturais de Friburgo são ruins porque ninguém vai?
Ou ninguém vai porque são ruins?
Ainda não achei a solução também.
Só creio que, como diria Pessoa, "tudo vale a pena se a alma não é pequena"

4 comentários:

Anônimo disse...

"Substitui-te sempre a ti-próprio. Tu não és bastante para ti. Sê sempre imprevenido [?] por ti-próprio. Acontece-te perante ti-próprio. Que as tuas sensações sejam meros acasos, aventuras que te acontecem. Deves ser um universo sem leis para poderes ser superior."
Fernando Pessoa

Esse é o cara e tudo vale a pena!

saudadessssssssssssssssssss
de tu , TATU!

Renata Victal disse...

Tu tb é uma figura. Te adoro. Bjs, re

Unknown disse...

hahahaha... pois eh...eu sempre sou sua vitima!!! Tirando q antes fomos em um casamento e acabou q nem aproveitamos a melhor parte.... os docinhos!!!!!!
Mas td bemmm como sempre experimento novas emoçoes (ou totalmente sem emoçoes) com vc!!!!!!!

beijos priminho!

Unknown disse...

Ah ! Tbm nao podia deixar de agradacer por ter me mencionado neh... jah q estou presente sempre aqui... haiuhaiuahuai