quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Uma resposta

Tinha mais uma dúvida.

Como os camelos fazem sexo?

Bem, para essa já achei a resposta.

Vou ter que mostrar pros meus amigos do bar.

Ficou curioso? Então que tal dar uma espiadinha?






Perguntas que não querem calar

Depois de um longo e tenebroso inverno, eis-me aqui novamente.
Tava sumido, recuperando energia, afinal, não tenho mais o pique de antigamente.

Após o porre fiquei pensando em algumas coisas (e olha que de ressaca não gosto de pensar muito). A dúvida é a seguinte: por que quando estamos bêbados sempre fazemos perguntas que não têm respostas ou levantamos questões que acabam em um verdadeiro quebra-pau?

Não sei. Acho que é institivo porque são questões que vêm do fundo do nosso ser e que não pensaríamos nelas em estado normal, ou seja, sóbrios.

Também traçamos algumas teorias. Tenho amigos que possuem umas bem bizarras e nos bares sempre resolvem catequisar a mente dos outros bêbados ao redor. Um exemplo claro disso é uma grande amiga (meio retardada devo dizer) que quando está com o grau etílico alterado resolve explicar o que o Bozo fazia com o telefone vermelho nos intervalos do programa e quando a tv saia do ar. Talvez seja um trauma da sua infância.

Pensando nisso resolvi listar algumas perguntas que não tiveram respostas e se tiveram eu não me contentei com elas. Se alguém tiver uma pista, por favor, me ajudem. Deixarão mais aliviados os corações dos pobres embriagados na mesa dos botecos.

- As celas dos presídios têm tomadas? Como será que os presos recarregam o celular?

- O que aconteceu o o Jordy? (Aquele bebê que cantava uma música irritante e sem sentido "oe dedê, diu diu oi dedê"). Será que virou cantor? Está no hospício? Tá pobre? Viciado? Toda especulação é pouca.

- E a menina que interpretava a Punky Brewster, a levada da breca? Uns dizem que morreu outros dizem que enlouqueceu e fugiu com o cachorro Pinky e o fotógrafo Arthur Bicudo. Sei lá. Alguém sabe seu paradeiro?

- Por que eu preciso achar a porcaria do x na equação?

- Se toda regra tem exceção, e isso é uma regra. Qual é a sua exceção?

- Mistério maior é se o pessoal do desenho "Caverna do Dragão" voltou pra casa. Neste caso, teoria é o que não falta. Até o coitado mestre dos magos entrou na história e virou o grande vilão.

- Outra pergunta que não quer calar. Aonde foi parar o pessoal da banda New Kids on the Block? Continuam cantando? Bem, se continuam devem ser sucesso em clínicas geriátricas.

- Seguindo com a série cadê você, pergunto: como andam Maria Joaquina e Cirilo?

- Outra instigante: quem foi Murphy, o maldito que inventou essa porra dessa lei.

- Existe mesmo uma passagem secreta entre o Mercês e o Anchieta? (Colégios de padres e freiras vizinhos em Friburgo?)

-Por que o Pateta usa roupa e o Pluto não?

- O que o Bambam fez com a Maria Eugênia? Aquela boneca que ele venerava no BBB? Ninguém nunca mais ouviu ele falar dela?

- Alguém já viu um chester de verdade?

- E a última, e não menos importante: Seu Madruga era alcoólatra e morreu de cirrose ou isso é mito? Para o público bêbado dos botecos que freqüento, essa pergunta é importante.

Bem, espero que alguém possa me responder. Deixem seus comentários
E por favor, se respoderem alguma dúvida lancem outras, porque senão ficarei sem assuntos na mesa do bar.

domingo, 23 de setembro de 2007

POR MOTIVOS DE RESSACA O BLOG NÃO SERÁ ATUALIZADO.

DESCULPE, ESPERO QUE VOCÊS ENTENDAM.

ESTAMOS TRABALHANDO PARA MELHOR SERVI-LOS!

sábado, 22 de setembro de 2007

Alguém sabe os números da mega-sena?


Há poucos dias reclamava no blog da falta de opções culturais em Nova Friburgo.
Ao contrário de lá, aqui no Rio não posso reclamar.
Começou no dia 20 o Festival do Rio 2007.
São cerca de 400 filmes, espalhados em 30 salas de cinema, em 17 bairros do Rio.
Entre eles o novo de David Lynch, de Quetin Tarantino, do Ang Lee, do Gus Van Sant, além do falado "Tropa de Elite" (tenho que confessar que já vi, mas queria ver na telona e com som maneiro).

Sempre fico empolgado quando começa a maratona cinematográfica. Peguei o encarte e comecei a marcar os que gostaria de ver. Ao total 46.
Pensei, olhei meu extrato e resolvi fazer uma nova seleção.
Depois disso sobraram "apenas" 22.
Meu extrato bancário continuava me olhando ... aí resolvi pensar logicamente e tirar alguns filmes que só passariam na Barra da Tijuca ou os que as sessões eram muito tarde.
Sobraram 15. Fiquei contente, mas momentaneamente. Logo soube que alguns desses 15 filmes sortudos já estavam com os ingressos esgotados. É foda ter o mesmo gosto que a massa, mas fazer o quê?

Mas ele não tinha muito o que comemorar.
Não sei porque, mas este ano a Bienal e o Festival ficaram juntinhos e logo no final do mês.
Já viram a desgraça.
Aquele papel amarelinho que sai da caixa do banco? Ah! Esse, nem comento...

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

O lado B de Verissimo

Já que o papo é cultura, vou postar aqui uma entrevista que fiz outro dia com Luiz Fernando Verissimo. A matéria foi publicada no jornal SESC Brasil deste mês.




Não estranhe se um dia esbarrar com o autor do seu livro preferido tocando em um bar. Conhecido pelo grande público como escritor, Luis Fernando Verissimo também é músico e deu um show de ritmo no SESC de Campos, no Rio de Janeiro. No palco do festival "Jazz, Blues & Imagem", ele apresentou um pouco de seu talento como saxofonista. Pelo visto, foi aprovado pelo público, que lotou a Praça da Bandeira, no dia 2 de agosto. O autor mostrou que também sabe se expressar por meio das notas musicais. Mas quem não estava acostumado com esta faceta musical do Verissimo também pôde conferir um bate-papo no Palácio da Cultura. Em entrevista ao jornal SESC Brasil, ele falou um pouco sobre a música, sua apresentação no SESC e, claro, literatura.

Jornalista, publicitário, cronista, tradutor, humorista, cartunista e torcedor do colorado. Além dessas funções, você ainda tem tempo para uma paixão antiga: a música. Quando a música passou a fazer parte da sua vida? O hobby chega a ser um exercício diário?

Luis Fernando Verissimo: Eu gostava muito de música desde garoto e lá pelos 13 ou 14 comecei a ouvir mais jazz. Quando fomos para os Estados Unidos em 1953 decidi que, já que estava indo para a terra do jazz, aprenderia a tocar um instrumento. Queria tocar trompete como o meu ídolo na época, Louis Armstrong, mas não tinham um trompete para emprestar no curso que procurei, tinham um sax. Foi o sax mesmo. Nunca cheguei a me aprofundar na música ou na técnica do instrumento, só queria poder brincar de jazzista, que é o que faço até hoje. Deveria ser um exercício diário, já que para instrumento de sopro é importante manter a embocadura, mas não consigo treinar como seria ideal. Quanto ao tempo, acho que para o que dá prazer a gente sempre encontra tempo.

No festival do SESC Campos você se apresentou com o grupo Jazz 6. Em 1959, você tocava com o conjunto Renato e seu sexteto, segundo você o maior sexteto do mundo. De lá para cá por onde você passou, e quais são suas principais influências?

LFV: O conjunto se chamava Renato e seu Sexteto. Quando estreou já tinha onze figuras, mas o nome ficou. Era, portanto, o maior sexteto do mundo. Agora o Jazz 6 perdeu um dos seus figurantes mas também não mudou de nome. Podemos nos apresentar como o menor sexteto do mundo. Toquei no conjunto do Renato em 1961, seu primeiro ano. Depois fui morar no Rio, e o conjunto cresceu e se tornou um dos melhores do estado. Passei uns 15 anos sem tocar, até que o Renato decidiu reunir a velha turma, só por farra. Mas como muitas pessoas tinham saudade da música daquela época, o resultado é que o conjunto do Renato voltou a tocar em bailes e teve uma segunda vida. Bem mais tarde, o contrabaixista Jorge Gerhardt, com quem eu tinha tocado na banda do Renato, reuniu alguns músicos com gosto comum pelo jazz para uma apresentação num bar de Porto Alegre e me convidou. Foi o começo do Jazz 6. Que já dura 12 anos.

Para você, o que é mais fácil e o que é mais prazeroso, se expressar por meio das palavras ou das notas musicais?

LFV: Se eu pudesse escolher, eu preferiria ser músico. Está um pouco tarde para me dedicar seriamente à música. Nem eu teria mais fôlego. Mas o que me dá mais prazer é a música.
Qual a sua relação com o SESC?

LFV: Fizemos esta apresentação em Campos que foi boa, acho que o público gostou. Nós certamente gostamos de estar lá. Já tínhamos nos apresentado no SESC São Paulo. Conheço alguns projetos, como o BiblioSESC e o Prêmio de Literatura.

Por falar em literatura, em 2003, você foi apontado como um dos escritores que mais vendem livros no Brasil. Como você enxerga o mercado, atualmente?

LFV: É claro que o mercado literário é limitado. Não só são poucos os que podem comprar livros como muitos entre os que podem não querem. Como disse o Mário Quintana, o pior analfabeto é o que sabe ler e não lê. Eu não posso me queixar, meus livros vendem acima da média, mas eu não poderia viver apenas da literatura. Poucos podem, no Brasil.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Rio de páginas abertas


antes tarde do que nunca ...


Foi dada a largada

No último dia 13 começou mais uma Bienal do Livro e é preciso ter fôlego e dinheiro, principalmente dinheiro, para aproveitar a feira.
São dois milhões de livros, 950 expositores, 133 sessões literárias, 326 autores, 600 mil visitantes. Tudo isso em 55 mil metros quadrados.
Esses são os surpreendentes números do mundo das letras.
Tá faltando um, o de quilômetros que separam o Riocentro do restante do Rio. Mas esse nem vou colocar para não desanimar a galera.

Logo no primeiro dia rompi essa distância e encarei uma aventura até o Recreio.
Sim aventura. Não sei se vocês perceberam, mas comecei o texto com "foi dada a largada".
No meu caso foi realmente isso que aconteceu, já que fui cobrir a abertura da Bienal de moto, na garupa de um fotógrafo louco aqui do trabalho.
Consegui chegar vivo. Um pouco pálido, mas respirando.

Depois de todo o lenga-lenga da cerimônia de abertura, abriram-se as portas de todos os pavilhões e minha desgraça estava feita.
Não sei quanto a vocês, meus raros leitores, mas eu adoro comprar livros e tenho uma penca no meu armário esperando minha atenção.
Mesmo sabendo disso ... a mão coça e não consigo me controlar.

Que venham então Pedro Juan Gutierrez, Bukowski, Rubem Fonseca, Saramago, Gael García Bernal, Hemingway, Pessoa, Adriana Falcão, entre vários outros.

Mas fui salvo pelo gongo.
Ligaram e tive que voltar correndo para o tronco, quer dizer, trabalho e não pude comprar nada.
Entretanto, não vou me privar deste prazer e voltarei lá.
Para isso usarei uma estratégia:
1) Deixar o cartão em casa
2) Deixar o cheque em casa
3) Levar pouco e calculado dinheiro em espécie
4) Levar a companhia de um amigo pobre, assim não tenho como pedir dinheiro emprestado
5) Levar o extrato do banco. Para ver se me conformo do meu estado constante de pobreza.
Não sei se dará certo. Se der aviso para vocês.
Se não der terei mais um penca de livros espalhados pela casa.
Não sei se isso é bom ou ruim.


Bem, aceito sugestões de livros, dicas de estandes legais e baratos.
Fora isso, desejo a todos que forem uma boa viagem.

domingo, 16 de setembro de 2007

Cultura não sobe a serra?


Quando era criança sempre me perguntava:
"Tostines é fresquinho porque vende mais? Ou vende mais porque é fresquinho?"
Não achei a solução até hoje.
Também não achei a solução pra cultura em Friburgo, minha terrinha.

Pode parecer loucura, mas como bom friburguense fora de sua cidade sempre acesso o A voz da Serra online para saber das últimas e quentes novidades.
Sempre critiquei esse jornal (se é que pode ser chamado de jornal), mas é por meio dele que me mantenho informado (destino cruel).

Bem, voltando ao assunto ...
Fiquei sabendo de uma peça no Centro de Artes sobre Fernando Pessoa, poeta que está na lista dos meus favoritos. Sábado e domingo, baratinho. Resolvi ir lá conferir.

Minha primeira missão foi achar uma vítima para me acompanhar. Isso foi fácil depois de alguns telefonemas para minha prima. (Coitada, sempre a meto em furadas)
Mas não era furada, era um programa legal.

Chegamos lá!
Um pouco atrasados. Trantando-se de Teatro, pensei que nem íamos entrar.
Mas tratando-se de Friburgo tudo pode acontecer.
Entramos e para minha supresa, além de nós só mais quatro senhoras lá na primeira fileira. (Primeiro pensei que eram da família, mas depois vi que deviam ser de algum grupo da terceira idade)

Demorou algum tempo para a peça começar.
Estavam esperando o público chegar ... lamentável.
Logo comentei com minha prima:
"Depois o pessoal de Friburgo reclama que não tem nada de bom na cidade. Mas quando tem ninguém prestigia"
Talvez por isso o teatro estivesse tão mal cuidado. Paredes sujas, pipocas no chão, poltronas barulhentas, acústica péssima (entre um poema e outro pude escutar um carro de som passando na rua).

Acho que vendo que ninguém ia aparecer mesmo, resolveram começar.
E não é que chegou mais gente depois. Dois casais.
E não é também que abriram a porta no meio do espetáculo para eles entrarem.
(Avisei que se tratando de Friburgo vale tudo).
A peça foi legal. Não era uma obra-prima, mas para quem ia ficar em casa fazendo nada foi ótimo. Do texto (genial Pessoa) ninguém podia reclamar. A idéia era legal, retratar os três heterônimos do poeta, mas o ator era meia-boca. Concluindo: um espetáculo razoável que vale a atenção.

Aí me pergunto:
O teatro e as opções culturais de Friburgo são ruins porque ninguém vai?
Ou ninguém vai porque são ruins?
Ainda não achei a solução também.
Só creio que, como diria Pessoa, "tudo vale a pena se a alma não é pequena"

sábado, 15 de setembro de 2007

Ressuscitou!

Não foi ao terceiro dia, mas ao segundo.
Os ares da serra fizeram bem ao caveirão e ele voltou ao normal.
EU JÁ SABIA!
Meu companheiro anda meio temperamental, liga quando quer, delisga ao seu prazer e as vezes não toca, mas ainda funciona.
Isso é o que importa.

Bem, como eu tenho "Lerdox" aqui em Friburgo, estou me estressando para postar, mas aguardem. Vem novidade por aí.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Duas perdas



Existem coisas que ficam em nossa cabeça.
Sejam boas ou ruins, elas nos marcam.
Existem coisas que ficam na cabeça de todo mundo. Fazem parte de um imaginário popular.

Uma dessas figuras é o Pedro de Lara, que faleceu ontem.
Bem, desde que me conheço por gente ele já era velho e rabugento também.
Não sei porque, mas ele fazia sucesso. Todos comentavam, falavam bem ou mal, mas falavam dessa figura bizarra.
O que seria do Programa de Calouros sem ele. Ia ser uma chatice, só com Wagner Montes e Sônia Lima.
Bem, isso não vem ao caso.
O que importa é que ele faz parte de nossas memórias, querendo ou não.
O que seriam dos bêbados e fanfarões se não cantassem nas madrugadas "Pedro de Lara, lá laialara lara, laiaralá, lairará, lalaiá, ...".
Sempre tem alguém que puxa isso em festas, choppadas, churrascos e todos vão atrás. Inesquecível...
Sem contar nas imitações. Eu mesmo já fiz muitas. (Lembra disso, Karla Rubia?)
Bem, para ele agora canterei sempre em sua memória.

No mesmo dia, caro leitor, tive outra perda inestimável.
Ou seja, ontem foi um dia difícil.

Para quem me conhece sabe que tenho um objeto de estimação: meu celular (DDD 22 ainda).
Pra quem não me conhece, só para ter uma noção, minha mãe outro dia me disse: "Meu filho, vou comprar outro celular porque com esse você pode pegar uma micose".
Bem, meu companheiro não liga mais. Tem que ficar sempre carregando. Ou seja, vai virar um telefone sem fio.
Sou apegado a ele mesmo. O danado me acompanhou em várias fases da minha vida.
Já o perdi numa choppada e a tia que cata latinhas me devolveu.
Ele já caiu da varanda lá de casa.
O "caveirão", como é carinhosamente chamado, me acompanhava ativamente até nas viagens.
Tomou banho de mar em Rio das Ostras.
Ficou à milanesa nas areias de Cabo Frio.
Passeou pelas águas do Rio Negro em Manaus.
Pois, é. Não sei como será a vida sem ele agora.
Mas como sempre disse, irei colocá-lo em uma moldura e guardar com carinho.
Mais tarde irei tentar ressucitá-lo. Caso consiga aviso para vocês.
Caso contrário colocarei uma foto dele aqui. Uma homenagem póstuma.

É vida que segue!

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Para os coleguinhas jornalistas

Vocês viram a capa do Extra hoje?
Primeiro achei foda.
Depois pensei melhor e perguntei: será que é ético?
Um pouco depois achei válido, mas acho que baixaram muito o nível
(não podia esperar muito, já que o Extra não é um jornal de "Catigoria")
E agora não sei o que pensar.
Poucos, mas especiais leitores,
deêm sua opinião.

P.S.: Para quem não consegue ler.

"Comunicado Importante"

O Senado viveu ontem cenas explícitas de vale-tudo, com troca de agressões entre seguranças e parlamentares, chantagens a senadores e muita vulgaridade. Em respeito aos leitores, o EXTRA não exibirá em sua capa o festival de baixarias. Dará destaque à imagem menos obscena e imoral de todo este escândalo: Mônica Veloso, ex-amante do senador Renan Calheiros, autora das denúncias contra ele, quase pelada.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Atualização



RENAN FOI ABSOLVIDO.


Vou pro samba do Daniel.

"Se eu caio no swing é pra me consolar"

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Música na cabeça


Hoje fiquei com essa música na cabeça o dia inteiro.
E olha que a minha cabeça é grande.
Taí a letra ...


Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você
Além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava um rock
Para as matinês

Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigada a ser feliz
E você era a princesa
Que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Sim, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade
Acho que a gente nem tinha nascido
Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo
Sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim

João e Maria
Chico Buarque e Sivuca

Por falar em música, Chico Buarque e samba, amanhã (hoje), quarta, dia 12 de setembro, o meu grande amigo Daniel vai dar um show e levar alegria para a multidão que irá no Teatro Odisséia, na Lapa. A festa também terá o grupo Anjos da Lua, que toca sempre no Democráticos.
Baratinho, R$ 10, e de execelente qualidade.
Só não vai quem é ruim da cabeça ou doente do pé.
Como diria ele: "Viva o Zé Pereira"

Dias marcados


Tocou o sinal e algo estranho aconteceu: cadê o professor? Era o que todos perguntavam, até um pouco felizes. Há de se admitir que com 17 anos quase ninguém gosta de estudar (eu pelo menos não). Era aula de inglês e o professor era a pessoa mais figura que eu já tinha conhecido. Olha que conheço cada tipo...

Depois de algum tempo ele aparece correndo e desesperado anuncia: "Um avião se chocou contra as torres gêmeas. Eu ia embarcar amanhã, tenho que resolver algumas coisas. Vocês estão liberados". Todos gritaram (de felicidade, vale ressaltar) e saíram. Eu fui pra casa almoçar, sem ligar a mínima para o que tinha ocorrido. Pra falar a verdade, nem sabia o que eram as tais torres gêmeas. Logo depois fui saber da barbaridade ocorrida. Quem me explicou melhor foi o mesmo professor, que também me dava aula no curso de inglês.

Tá. Você deve estar perguntado porque postar isso hoje? Tão clichê! Está em todos os jornais e sites. Minha estória é tão simples. Existem pessoas que viveram dramas pessoais ou que viram de perto e podem contar com mais propiedade do que esse aluno desmiolado.

Mas para mim esse dia me remete à outras lembranças. O que me vem logo à cabeça é o professor, o João. Embora com proporções diferentes, os atentados e a vida do professor para mim exemplos da ignorância, crueldade e estupidez humana.

Uns anos depois, João também sofreria um atentado, agora um atentado contra sua própria vida. Queimado vivo dentro de um carro, ele foi vítima do preconceito e de pessoas que não tem respeito pelo próximo. Até hoje sua família espera justiça, coisa cada vez mais difícil em nosso país. Este ano o caso de outro João chocou o país. Era João Hélio, arrastado por quilômetros aguarrado no carro roubado por assaltante no Rio de Janeiro.

Quantos Joãos já entraram para a lista da violência, quantas torres já cairam no Brasil. Fico cada vez mais assustado. Assustado também com os movimentos que surgem. Depois do famoso e elitizado "Basta"´, é a hora da classe média alta carioca gritar em outro movimento: "Cansei'. O que me pergunto é: cansaram de quê? De ficar observando sem fazer nada? Ora, ora... eu é que estou cansado de vocês, isso sim.

Hoje outro atentado roubou as manchetes dos jornais. Desta vez contra os ministros que inauguravam um trem na zona portuária carioca. Até aí tudo bem, mas o que revolta é a rapidez das providêncas e a declaração do delegado no Globo on line: os criminosos não sabiam que as autoridades estavam a bordo. Se soubessem não teriam atirado. Cá entre nós, antigamente todos sonhavam em ser astronaustas, famoso, bombeiro, etc ... Pelo que vejo, meus filhos vão ter o sonho de se tornar políticos, só assim estarão protegidos. E bota protegidos nisso, é só olhar o caso do Renan Calheiros. Será que vai ser absolvido? Ele também deve estar cansado coitado. Vale a pena aguardar as cenas do próximo capítulo.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Ainda dá tempo


Algumas dicas (pode confiar)

Não sou muito de exposições. Na verdade, posso contar nos dedos as que eu fui.
Mas ainda bem que posso rever meu conceitos, e ultimamente tenho corrido atrás do tempo perdido.
Correndo literalmente, porque algumas entram e saem da circuito rapidamente.
Sem contar nos horários ...
Quem explica o MAM, que só fica aberto de 12h às 18h? É só pra vagabundo que não trabalha.
Mas como sou meio vagabundo, troquei o meu horário de almoço pela exposição do Grande Sertão Veredas e não me arrependi.
O que vi lá foi um trabalho cuidadoso e muito criativo concebido por Bia Lessa. Os manuscritos, o uso de multimídia e a literatura do mestre Guimarães Rosa. Não vou contar mais para não estragar a surpresa. Vale a pena cada centavo. Quer dizer, vale muito mais, já que o ingresso custa R$5 (inteira). Nem vale entrar com carteirinha falsa, seria muita pão-durice.

Mas você pensa que as surpresas acabam por aí?
Claro que não. Antes de chegar ao terceiro andar, não deixe de conferir a exposição do segundo piso. "Tropicália", narra um pouco da nossa história cultural. A exposição é interativa e confesso pra vocês (poucos e fiéis leitores) que o me atraiu mesmo foi uma grande piscina de bolinhas.
Mas ao olhar mais perto, alguns vinis, álbuns, vestidos, cartazes da época são verdadeiros achados e fazem você voltar ao passado. Na época em que o Caetano fazia músicas boas e falava coisas legais. Na época em que Jor Ben ainda não tinha o Jor e não era tão pop.
Muitas coisas bacanas e também algumas coisas que não fazem sentido algum (pelo menos para mim e dois guerreiros do trabalho que me acompanharam nessa jornada).

Jornada mesmo, porque ainda não acabou.
Escondido atrás da instalação do Sertão Veredas está uma exposição de fotos de Ivan Cardoso.
"Fotoivangrafias" tem figuras engraçadas e inusitadas. Isto na primeira passada de olho, porque o celular começou a tocar. Era do trabalho. Tava na hora dos vagabundos saírem do país das maravilhas e voltar para o tronco.
Mas volto lá e comento depois aqui.
Quem já passou no MAM nesses dias, pode colocar seu comentário, será muito bem-vindo.
E se você ainda não foi, corre, AINDA DÁ TEMPO.

Serviço:
Museu de Arte Moderna
Av. Infante Dom Henrique, 85
Parque do Flamengo - RJ
Ter - Sexta - 12 - 18h
Sáb - Dom - 12 - 19h
R$5