Estava bêbado e todo molhado. Havia caminhado quilômetros sob forte chuva. Meu amigo não agüentava comer, só conseguia beber. Para não passar mal inventou uma nova técnica: roubar batatas fritas do restaurante, chupar o sal e arremessá-las nas pessoas da rua. Caminhei pela Cinelândia mijada, pela Lapa ressaqueada, peguei um ônibus e cheguei. Em casa? Lógico que não, ao próximo bloco, no Jardim Botânico. Tratei logo de regar as plantinhas do local. De longe, ao me aliviar, contemplava os meus amigos, loucos e fantasiados. Caminhavámos em caravana e encontrávamos outros bêbados pela rua. Aquele clima de carnaval, alegria, cansaço, fígados a todos vapor e fumaça pelo ar. A maioria das pessoas andavam fantasiadas. Colombinas, nadadores, fadas, supensórios legais ou o roupão da tia coloriam a rua. Mas no meio da multidão uma figura se destacou. Não pelo tamanho. Não pela cor. Não pela irreverência, mas pelo o inusitado. Era uma anã. Na verdade, era uma anã japonesa! Juro, não é preconceito, nem é rir da desgraça dos outros (porque nem acho que isso seja desgraça), mas foi engraçado. Levante a mão aí quem já viu uma anã japonesa. Quem? Eu já! E não era delírio de bêbados, nem fantasia de carnaval ... era uma anã japonesa, ou chinesa ou coreana. Imaginem como ficamos lisonjeados com esta visão e logo surgiu o nome daquela visão: BONSAI!
Não, não é maldade, mas carinho.
Tem coisas que só vemos no carnaval
Tem coisas que só vemos no carnaval
2 comentários:
não lembro disso não...
eu vi tb??
hehehehe
saudades
bjus
É amiga ... acho que vc estava um pouco bêbada. rs
Ou era eu?
bjos
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